Ao contrário da situação em muitos países caribenhos, a homossexualidade não é ilegal no Suriname e episódios de violência contra gays são raros. Porém, contrastando com o número crescente dos países sul americanos, no Suriname o casamento ou união civil entre pessoas do mesmo sexo ainda são proibidos.
A elite política surinamesa parece relutante em debater temas que mudem o status quo. Dentre os maiores empregadores, apenas a estatal petroleira Staatsolie reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo em seus programas de benefícios trabalhistas.
É possível ser gay assumido no Suriname, mas para muitas comunidades locais o assunto ainda é tabu, o que representa um grande obstáculo para que alguns surinameses vivam sua sexualidade abertamente.
A Constituição Surinamesa não criminaliza explicitamente a discriminação baseada na orientação sexual. No entanto, há um artigo genérico que proíbe a discriminação de qualquer natureza e o governo Bouterse-Ameerali assumiu a posição de que os LGBT podem se considerar protegidos por esse artigo.
Membros da polícia surinamesa (KPS) participaram de seminários organizados pela LGBT Platform Suriname com o objetivo de reconhecer a violência contra a população gay. Por outro lado, há registros de violência policial contra os LGBT: em 2014 uma prostituta transexual guianense acusou policiais da prática de tortura durante uma detenção.
Desde 2010, acontece em outubro a Coming Out Week no Suriname, que conta com atividades culturais e sociais. Como parte do evento, é realizada uma marcha do orgulho gay no centro de Paramaribo.
Na capital surinamesa localiza-se também um bar gay (Lounge One, Zinniastraat 18) e todas as sextas feiras há uma festa gay na boate Night Fever (Joseph Israelsstraat 59).